quarta-feira, 2 de maio de 2012

Texto Vitor Marcelo Vieira


A CLASSE DOMINANTE NÃO QUER PERDER SEUS PRIVILÉGIOS

O governo repassa para a sociedade uma imagem de que os vilões somos nós, professores. De que os culpados somos nós, educadores. Não. Os culpados são eles. Eles sabem que a educação com valorização, transforma a sociedade. Isso eles não querem. Essa classe dominante quer seguir dominando. Não quer perder seus privilégios. Eles não lutam para o bem comum. Legislam e governam para defender seus interesses e de seu grupo. A população é mantida com serviços básicos de manutenção, apenas para que fiquem imóveis e que entendem que “infelizmente as coisas são assim”. É a naturalização da fatalidade. Fatalismos. É assim que eles administram, com fatalismos. Procurando difundir que as “coisas são assim” e devemos aceitar. Historicamente eles sempre foram governo, eles acostumarem a ser governo. Sempre estiveram no poder. Não sabem viver longe do poder. Se estiverem fora dele, não tem argumentos e propostas que inclua toda a sociedade numa condição de vida mais justa. Para o convencimento e a naturalização da fatalidade, eles têm argumentos. Só há uma maneira de se manter no poder e determinar que as camadas populares fiquem onde estão, sem educação, sem oportunidades, sustentando a imoralidade dessa classe dominante: não investindo na educação. Não investindo na valorização do educador. Mostrando para o aluno que as coisas são assim mesmas: “uns nasceram para mandar e outros para obedecer”. Eles naturalizam isso. O educador deve se comprometer com as causas sociais. Deve identificar a realidade social de seu aluno. Não pode “amansar” o aluno para aceitar esse fatalismo que está aí. Mas eu peço aos estudantes, aos professores, que não se curvem diante disso. O que ensinar aos estudantes num estado onde os governantes não cumprem as leis? Se continuar assim, com os governantes não cumprindo o que assinam, em breve não teremos mais professores. ouviram senhores pais: em breve não teremos mais professores para seus filhos”
Se houver um por cento de chance, vale a pena lutar. eu quero ter algo para falar um dia para meus filhos. Que lutei por uma causa justa. Prefiro passar a vida lutando, intervindo na realidade, do que esperar, esperar e somente ver a banda passar. Vocês caros estudantes e familiares, não pensem que seus filhos perdem quando existe uma paralisação por uma causa justa, como esta e como a do ano passado. Eles perdem sim todos os dias, com o descaso para com a educação. O melhor exemplo que se possa dar aos estudantes é estar aqui lutando por uma atenção merecedora para o sistema educacional.


Vitor Marcelo Vieira – Mestrando em História e professor da Rede Estadual de Ensino.

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